A OFicina de CaLeidoscópiO Mecânico já está marcada e acontecerá em duas turmas, a escolher:
Dia 10 de julho, sexta, das 9h da manhã ao meio-dia;
e
no dia 11 de julho, das 14h às 17h.
Investimento na FeLicidade: R$ 80 à vista
ou R$ 50 no ato e cheque de R$ 40 para 30 dias
Todo o material incluído no vaLor.
Cada aluno vai construir o seu brinquedo filosófico, modelo mecânico, igual ao inventado pelo físico escocês David Brewster em 1816.

A visão caleidoscópica da Vida

Eu sempre amei caleidoscópios e tenho alguns deles. Toda vez que me deparo com um momento de pouca ou nenhuma criatividade, pego um caleidoscópio e brinco com ele. Começo a girá-lo para um lado e para o outro. Observo a metamorfose das imagens. Com cada giro, eu crio algo novo com o que já estava lá. É uma grande ferramenta para ensinar a pensar criativamente.

Na vida, as coisas nem sempre são o que parecem ser, e se olharmos de diferentes ângulos, poderemos enxergar algo novo. Nós podemos também tomar pedaços e partes de várias coisas e juntá-las para construir algo original. Se pensarmos na vida como um caleidoscópio, poderemos ver a possibilidade das mudanças ao nosso redor. Na próxima vez em que você estiver emperrado em alguma coisa e não puder ver a solução, ou sentir falta de criatividade, imagine que você está olhando para um grande caleidoscópio. Comece a girar as idéias, olhando para o problema de diferentes ângulos. Traga novos conceitos e veja como eles se combinam. Continue girando as imagens mentais até encontrar um padrão de que goste e então trabalhe com ele. O pensamento caleidoscópico tem a ver com olhar para as coisas de diferentes perspectivas, juntando o velho com o novo, disposto a mudar tudo se a possibilidade se apresenta.

Com o pensamento caleidoscópico, podemos nos desvencilhar de como as coisas deveriam ser, para expandir-nos em novas realidades. Mas é importante que nesse processo você não busque uma imagem pré-definida como resultado. Abandonar o controle é o exercício.

Você pode, em sua vida, assim como girar um caleidoscópio, estar preparado para ver e aceitar qualquer nova imagem que surja, a partir das novas combinações dos elementos que já estavam lá. Esse é o princípio do pensamento caleidoscópico. Para exercitá-lo, é necessário que você se desprenda, libere os atuais conceitos cristalizados, as convicções, para encontrar uma nova resposta.

Um caleidoscópio é um instrumento místico que guia fragmentos dispersos até uma unidade harmoniosa.

Myriam, com tristeza, aperta em suas mãos objetos aparentemente sem valor – esta é uma cena do filme "Bee Season"- Palavras de Amor, título em Português. Neste filme, os caleidoscópios representam um papel importante.

Os fragmentos nas mãos de Myriam correspondem aos objetos no caleidoscópio, os símbolos de memórias e reminiscências das experiências diárias. Algumas são agitadas, outras contém pesares, dores, ou esperanças, alegrias e bênçãos. Os fragmentos de memória parecem dispersos na desordem, causando caos.

Fazer um caleidoscópio é criar uma infinidade de imagens que refletem cada uma das experiências do criador. Por trás do processo, existe o desejo de transformar a confusão em ordem, para saber o significado de cada experiência da vida.

Richard Gere atua como Saul, marido de Myriam e pai das duas crianças do filme. Ele é um professor conhecido por seu fascínio a respeito do Budismo Tibetano. As mandalas do Tibet são feitas de areia, e não lhes é permitido continuar intactas. Apesar do trabalho dedicado à sua construção, e do deleite de encontrar significados nelas, são destruídas a cada ritual, no fim do qual sempre é ordenado o processo de destruição. Mesmo que as mandalas não apareçam no filme, eu sinto a analogia entre elas e as imagens nos caleidoscópios, nas quais ambas são repetidamente formadas e destruídas. Esta é a cena na qual Myriam dá a sua filha um caleidoscópio sem nenhum objeto dentro – apenas o triângulo de espelhos. Ele pode significar o retorno ao caos. Por outro lado, Myriam possui um lugar secreto onde pendurou pedaços de objetos, que ela pensa serem seus complementos. Lá ela tenta restaurar o UNO perfeito, uma ordem esquecida. Quando Myriam se vê diante de uma criança sagrada, a sua filha, instintivamente lhe dá um caleidoscópio. Este ato pode ser originado do mais caro desejo, que todos os seres humanos têm em comum, de aprender o significado da experiência mostrada por Deus. Esta cena também sugere que a harmonia pode retornar depois do caos. Quando existe luz abundante, todas as partes do caleidoscópio são iluminadas. Luz é um símbolo de Deus, o criador do universo. Sem luz (sem Deus), você não pode ver nada no caleidoscópio. Ao mesmo tempo, muita luz –se você busca Deus demasiadamente – poderá ofuscar as imagens até que desapareçam na distância. Que fundamental e primordial princípio está operando aqui! Da confusão, para a harmonia; do caos para os caleidoscópios. Um caleidoscópio é um instrumento místico que limpa a confusão e cria harmonia. A vida diária pode ser frustrante e sua alma pode ficar abatida e desencorajada. Mas olhe atentamente dentro de um caleidoscópio e veja os objetos mostrando diferentes tonalidades e padrões todos os dias, e sua confusão vai desaparecer no silêncio, na luz, na beleza. Virá o tempo em que você vai enxergar a completa harmonia entre as cores e formas geométricas de um caleidoscópio – a harmonia do universo. Neste momento mágico, você vai compreender que as coisas que causam os distúrbios são apenas partículas no vasto, calmo e pacífico universo. Não é surpresa que muitos hospitais e casas de saúde estejam começando a usar caleidoscópios como parte do tratamento médico.

* Michi Araki – proprietário da Mukashi-Kan, loja especializada em caleidoscópios, EEUU.

Traduzido por Elen de Oliveira com auxílio do Yázigi Dictionary.



Os novos senhores do castelo

27 de junho de 2009 Zero Hora

HISTÓRIA

Famoso prédio do centro de Porto Alegre passa a funcionar como centro de cultura

por Eduardo Veras

Não há porto-alegrense que não o conheça. O Castelinho do Alto da Bronze é um anacronismo arquitetônico plantado no centro da Capital, tão estranho quanto fascinante, com seus paredões de pedra, as torres dentadas e as janelas em arco. Erguido nos anos 1940, o prédio imita mas não se confunde com uma fortificação medieval. Sempre sugeriu episódios fantasiosos, ao mesmo tempo em que servia de cenário a casos que, de fato, pareciam ficção (leia abaixo). O Castelinho da Vasco Alves esquina com Fernando Machado está enraizado no imaginário da cidade. A fachada e a história são familiares; poucos, porém, têm acesso a seu interior.

Esse ângulo altera-se a partir das 16h de hoje, com a inauguração oficial de um espaço cultural naquele endereço. A entrada será franca.

Um grupo de seis artistas – dedicados cada um a uma empreitada diferente, do artesanato de caleidoscópios às histórias em quadrinhos, passando pela pintura, pela escultura, pela fotografia e pelo teatro – alugou o edifício de três andares. Adriana Xaplin, Elen de Oliveira, Lena Kurtz, Lisete Bertotto, Alejandro Velazco, Sandra Santos e Manoel Henrique Paulo farão funcionar ali ateliês e oficinas, terão espaços voltados a exposições de arte, saraus literários e apresentações musicais e cênicas. Em princípio, o Castelinho estará aberto todos os dias, mas, por hora, enquanto ainda se organizam, os artistas-administradores pedem aos visitantes que procurem agendar com alguma antecedência pelo telefone (51) 3779-9896, com Elen, ou pelo e-mail castelinhocultural@yahoo.com.

A abertura oficial, a partir das 16h de hoje, contará com recepção circense do grupo Mundo Paralelo, exposição fotográfica sobre Cuba, apresentação dos PoETs, duo de flautas com Aninha Freire e Cibele Endres, performance cênica de Hugo Varela e Maria Albers. Haverá também exposição de trabalhos dos administradores e de seus convidados.

27 de junho de 2009 | N° 16013Alerta

Mistério no Alto da Bronze

O Castelinho do Alto da Bronze começou a ser erguido em 1948 a mando de Carlos Eurico Gomes, ministro do Tribunal de Contas do Estado, figura com relevante papel político no Rio Grande do Sul daqueles tempos. Apaixonado por castelos medievais, ele pesquisou muito para definir os contornos da edificação, toda ela em pedra. Conta-se que ergueu o castelinho para Nilza Linck, sua jovem amante – 22 anos mais nova do que ele.

No livro A Prisioneira do Castelinho do Alto da Bronze, de 1993, o escritor, jornalista e professor Juremir Machado da Silva reconstitui – a partir de depoimentos da própria Nilza – o drama que ela viveu ali. Ciumento, Eurico mantinha a jovem encarcerada.

Mais tarde, a casa serviu de sede para uma boate e, nos últimos anos, chegou a abrigar intervenções teatrais. Nunca teve, porém, seu interior franqueado ao público como agora.

Os atuais proprietários, que alugaram o castelinho para os artistas, são os vizinhos – donos da casa bem ao lado, na Vasco Alves, e da casa bem ao lado, na Fernando Machado. As duas residências se encontram pelos fundos, conjugados, formando um “L” em torno do famoso castelinho.

Inaugur açãO além das expectativas


Teatro - Maria Albers e Hugo Varela - eles percorreram os andares e salas do castelo conduzindo o público.

A poeta Telma Scherer encantada com a interatividade do Grande CaLeidoscÓpiO. Antes, ela é que encantou a todos com os poemas de Runor da Casa.

A obra é uma parceria de ELen de OLiveira com o artista plástico GersOn Marques.

A Cia Mundo Paralelo aguçou o clima medieval atuando entre as torres do castelo.

Na fachada, o banner produzido pelo casteLãO Alejandro Velazco, presidente do Centro Acadêmico Tasso Corrêa do Instituto de Artes da Ufrgs.

O CasTeLo abre suas pOrtas!


O CasteLinhO do Alto da BrOnZe CuLtural já está funcionando. Os artistas residentes começam a receber inscrições para as oficinas. O objetivo da iniciativa é oferecer arte cultura e informação à comunidade.

Próximas Oficinas:
DRAMATURGIA E TEATRO
com Lisete Bertotto
















Duas turmas:
Uma às SEGUNDAS pela manhã e outra nas QUINTAS à tarde.
INÍCIO: 12 e 15 de julho.
Inscrições pelo e-mail castelinhocultural@yahoo.com


CaLeidOscÓpiO Mecânico
ELen de OLiveira


Inventado em 1816 pelo físico escocês Sir. David Brewster, logo passou a ser construído com pedras preciosas pelos árabes, tamanho o fascínio que despertou. No mundo inteiro há colecionadores do “brinquedo filosófico”, também chamado assim por estimular o autoconhecimento e também pelas variadas aplicações possíveis, na geometria espacial e na psicologia.

A duração da oficina é de 3h. e os materiais estão incluídos no valor da inscrição, que é de 80 reais.

Qualquer pessoa a partir de 6 anos de idade pode participar.


Datas: 10 de julho, sexta, das 9 ao meio dia. 11 de julho, sábado, das 14 às 17h.

Mais informações: 51 9956 0147
Saiba mais sobre o brinquedo filosófico em www.tripcaleidoscopica.blogspot.com.


Castelinho Cultural





Em estilo medieval, o Castelo construído em Porto Alegre, em 1948, guarda uma das lendas urbanas mais interessantes da Capital. Reza esta lenda que uma jovem teria sido prisioneira do castelo. O romance entre Carlos Eurico Gomes e sua amante, Nilza, é narrado pelo escritor Juremir Machado da Silva no livro "A Prisioneira do Castelinho do Alto da Bronze", de 93. Mas a imaginação fértil dos moradores vai bem mais além da ficção, construindo histórias fantásticas e criando uma aura de mistério para o local.


O Castelo foi cenário para peças de teatro, jogos de RPG e agora se transforma, ainda cumprindo sua sina cabalística, na residência de SETE artistas. Cada um instalou ali seu atelier e juntos formaram a AMACASTELO, associação de cunho socio-cultural que pretende fazer daquele endereço mais um referencial de arte e cultura em Porto Alegre.

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